Negros são os tempos em que vivemos. Tempos que as vezes me forçam a olhar com melhor ânimo o passado do que propriamente o futuro que deve ser encarado.
E que passado temos, certamente mais do que digno de ser olhado. História e tradição que nos foi passada de geração em geração, entre crises e miséria, fomes e sacrifícios tremendos. Cabe-nos agora, jovens, como recipientes do futuro, passar as próximas gerações um passado de que se orgulhem, e que lhes fervilhe o sangue azul que neles ainda corre.
Para isso temos de encarar as nossas responsabilidades, e não recorrer a desculpas "esfarrapadas" para fugir-mos aos nossos deveres. Não podemos esperar que nos sejam prometidos direitos, sem antes cumprir-mos esses deveres básicos.
No momento em que vos escrevo, como todos vós, não sei o que o futuro me guarda. Todos os dias somos bombardeados com discursos embelezados, ditados por oradores fenomenais que nos ocultam assim , categoricamente, as suas verdadeiras crenças políticas, e, acima de tudo, sociais.
Porém, assim nos iludem com números e sondagens manipuladas de modo a que, mesmo não dizendo mentiras, despertem nos que as ouvem, para além de confusão, a ideia de que realmente são positivas.
É isto a que a política chegou. Marketing. E, assim, numa eleição, ja não se vota no partido com melhor ideias e medidas, mas sim no que melhor as expôs.
Mas temos de analisar, e perceber que todas as canetinhas e papelinhos que nos são gentilmente oferecidos pelos lideres políticos em tempos de campanha não são mais do que isso mesmo, Marketing. Daí não verem impressas nesses papelinhos as medidas que vão ser tomadas aquando da tomada de posse. Simplesmente não interessam. É-lhes mais lucrativo apresentar uma "foto de familia", com 4 ou 5 indivíduos engravatados pelo simples facto de assim despertarem maior confiança em quem observa.
Enfim, cabe-nos crescer socialmente. Cabe a cada um de nós analisar, pesquisar, investigar, e tomar uma decisão que nos pareça a mais correcta para um futuro que é nosso.
Esta é uma opinião apartidária, na esperança de despertar em vós um sentimento Patriótico e de responsabilidade civil.
A revolução dos nossos dias não requer cravos, nem chaimites, nem tiros de metralhadora. Vivemos na era da informação, da comunicação e da palavra. E a Palavra, essa é a nossa arma.
Vota;
Sérgio Pinto.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Deixo-vos com uma parte do meu livro preferido.
Vou fazer o possível para não voltar a esquecer que tenho um Blog.
"De quanto se escreve, só amo alguém que escreve com o seu sangue. Escreve com sangue , e descobrirás que o sangue é espírito.
Não é nada fácil compreender o sangue alheio; eu detesto todos os que lêm como ociosos.
Quando se conhece o leitor, já nada se faz pelo leitor. Mais um século de leitores, e o próprio espírito será um fedor.
Que toda a gente tenha o direito de aprender a ler, eis o que com a continuação vos aborrece não somente de escrever mas de pensar.
Outrora o espírito era Deus, depois fez-se homem, agora transforma-se na populaça.
O que escreve com o seu sangue e em máximas, não quer ser lido, mas decorado.
Nas montanhas, o caminho mais curto vai de cimo a cimo; mas para isso é preciso ter pernas altas. As máximas devem ser cumieiras, e aqueles a quem as destinas devem ser esbeltos e altos.
O ar leve e puro, o perigo próximo e o espírito pleno de alegre malícia, tudo isto se harmoniza maravilhosamente.
Gosto de me ver rodeado por duendes maliciosos, porque sou corajoso. A coragem afugenta os fantasmas, mas cria os seus próprios duendes. A coragem gosta de rir.
Sinto todas as coisas diferentemente de vós; a nuvem que distingo abaixo de mim, escura e carregada, e de que me rio - é para vós uma nuvem tempestuosa.
Vós olhais para cima, porque aspirais a elevar-vos. E eu, como estou no cimo, olho para baixo.
Qual de vós sabe ainda rir?, mesmo depois de ter atingido o cimo?
O que escala os mais elevados montes ri-se das cenas trágicas do palco como da gravidade trágica da vida.
Corajosos, despreocupados, zombeteiros, imperiosos, assim nos quer a sabedoria; é mulher e só pode amar guerreiros.
Vós me dizeis: "A vida é um fardo pesado." Mas para que vos servem o vosso orgulho matinal e a vossa resignação da tarde?
A vida é um fardo pesado? Não vos mostreis tão contristados! Não passamos todos de uns bons burrinhos e burrinhas de carga.
Que temos de comum com o botão de rosa que verga sob o peso de uma gota de orvalho?
É verdade que se amamos a vida, é por estarmos mais habituados a amar do que a viver.
Há sempre o seu quê de loucura no amor. Mas há sempre o seu quê de razão na loucura.
E quanto a mim, que gosto da vida, parece-me que aqueles que melhor se entendem com a felicidade, são as borboletas e as bolas de sabão, e tudo o que entre os homens se lhes assemelhe.
Ver revolutear essas alminhas aladas e loucas, graciosas e movediças, é o que arranca a Zaratustra vontade de chorar e de cantar.
Eu só podia acreditar num Deus que soubesse dançar.
E quando vi o meu Diabo, achei-o grave, meticuloso, profundo, solene; era o espírito de Gravidade. É ele que faz cair todas as coisas.
Não é a cólera, é o riso que mata. Adiante! matemos o espírito de Gravidade!
Eu aprendi a andar: desde então deixei de esperar que me empurrassem para mudar de sítio.
Vede como me sinto leve; vede, estou a voar; vede, agora vejo-me do alto, como um pássaro; vede, um Deus dança em mim.
Assim Falava Zaratustra"
Assim Falava Zaratustra Friedrich Nietzche
Vou fazer o possível para não voltar a esquecer que tenho um Blog.
"De quanto se escreve, só amo alguém que escreve com o seu sangue. Escreve com sangue , e descobrirás que o sangue é espírito.
Não é nada fácil compreender o sangue alheio; eu detesto todos os que lêm como ociosos.
Quando se conhece o leitor, já nada se faz pelo leitor. Mais um século de leitores, e o próprio espírito será um fedor.
Que toda a gente tenha o direito de aprender a ler, eis o que com a continuação vos aborrece não somente de escrever mas de pensar.
Outrora o espírito era Deus, depois fez-se homem, agora transforma-se na populaça.
O que escreve com o seu sangue e em máximas, não quer ser lido, mas decorado.
Nas montanhas, o caminho mais curto vai de cimo a cimo; mas para isso é preciso ter pernas altas. As máximas devem ser cumieiras, e aqueles a quem as destinas devem ser esbeltos e altos.
O ar leve e puro, o perigo próximo e o espírito pleno de alegre malícia, tudo isto se harmoniza maravilhosamente.
Gosto de me ver rodeado por duendes maliciosos, porque sou corajoso. A coragem afugenta os fantasmas, mas cria os seus próprios duendes. A coragem gosta de rir.
Sinto todas as coisas diferentemente de vós; a nuvem que distingo abaixo de mim, escura e carregada, e de que me rio - é para vós uma nuvem tempestuosa.
Vós olhais para cima, porque aspirais a elevar-vos. E eu, como estou no cimo, olho para baixo.
Qual de vós sabe ainda rir?, mesmo depois de ter atingido o cimo?
O que escala os mais elevados montes ri-se das cenas trágicas do palco como da gravidade trágica da vida.
Corajosos, despreocupados, zombeteiros, imperiosos, assim nos quer a sabedoria; é mulher e só pode amar guerreiros.
Vós me dizeis: "A vida é um fardo pesado." Mas para que vos servem o vosso orgulho matinal e a vossa resignação da tarde?
A vida é um fardo pesado? Não vos mostreis tão contristados! Não passamos todos de uns bons burrinhos e burrinhas de carga.
Que temos de comum com o botão de rosa que verga sob o peso de uma gota de orvalho?
É verdade que se amamos a vida, é por estarmos mais habituados a amar do que a viver.
Há sempre o seu quê de loucura no amor. Mas há sempre o seu quê de razão na loucura.
E quanto a mim, que gosto da vida, parece-me que aqueles que melhor se entendem com a felicidade, são as borboletas e as bolas de sabão, e tudo o que entre os homens se lhes assemelhe.
Ver revolutear essas alminhas aladas e loucas, graciosas e movediças, é o que arranca a Zaratustra vontade de chorar e de cantar.
Eu só podia acreditar num Deus que soubesse dançar.
E quando vi o meu Diabo, achei-o grave, meticuloso, profundo, solene; era o espírito de Gravidade. É ele que faz cair todas as coisas.
Não é a cólera, é o riso que mata. Adiante! matemos o espírito de Gravidade!
Eu aprendi a andar: desde então deixei de esperar que me empurrassem para mudar de sítio.
Vede como me sinto leve; vede, estou a voar; vede, agora vejo-me do alto, como um pássaro; vede, um Deus dança em mim.
Assim Falava Zaratustra"
Assim Falava Zaratustra Friedrich Nietzche
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Vicios
Amo por necessidade, por vicio!
Torturo o meu coração para poder manter sã a minha alma.
Preciso da inspiração que ele (Amor) me traz.
Pensei que realmente a minha única opção para me sentir melhor fosse não permitir que me apaixonasse de novo; impedindo assim a eminente dor que me traria o momento em que visse mais uma paixoneta fugir-me entre os dedos como areia.
Todos temos jeito para uma coisa em especial.
E uma coisa vos digo, o meu dom não passa certamente pelo Amor. E como gostaria de poder dizer que não preciso de Amor nenhum. Acreditem que o gostaria de poder dizer.
E tecnicamente posso, embora não seja verdade.
Mas preciso desesperadamente de um Amor "novo".
É terrível não ter algo belo e puro em que pensar antes de adormecer. Algo para me adocicar o sonho.
É triste estar sentado num banco de jardim e perceber que não esperamos ninguém.
Mas o mais triste e ridículo de tudo, porém, é pegar numa caneta para escrever algo que interessa-se a quem vai ler, e acabar a "falar" sozinho.
Mas, louco já eu sabia que era...
Torturo o meu coração para poder manter sã a minha alma.
Preciso da inspiração que ele (Amor) me traz.
Pensei que realmente a minha única opção para me sentir melhor fosse não permitir que me apaixonasse de novo; impedindo assim a eminente dor que me traria o momento em que visse mais uma paixoneta fugir-me entre os dedos como areia.
Todos temos jeito para uma coisa em especial.
E uma coisa vos digo, o meu dom não passa certamente pelo Amor. E como gostaria de poder dizer que não preciso de Amor nenhum. Acreditem que o gostaria de poder dizer.
E tecnicamente posso, embora não seja verdade.
Mas preciso desesperadamente de um Amor "novo".
É terrível não ter algo belo e puro em que pensar antes de adormecer. Algo para me adocicar o sonho.
Mas o mais triste e ridículo de tudo, porém, é pegar numa caneta para escrever algo que interessa-se a quem vai ler, e acabar a "falar" sozinho.
Mas, louco já eu sabia que era...
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Sketch #1
E naquele momento, em seus braços agarrava, desesperadamente, o que inevitavelmente lhe fugia. Nos olhos onde outrora procurava abrigar-se das demasiadas incertezas, via agora esvanecer seu próprio reflexo.
Como bateria seu coração sem esse outro ditando-lhe o ritmo?
Foi então que um frio e insaciante abraço selou uma carta que lhe parecia inacabada.
Longas e martirizantes foram as horas que se sucederam. Questionou o porquê dos “porquês”. Viu-se afogar em tanta dúvida.
Pobre homem já facilmente se confundia com a melancólica paisagem de um esquecido cemitério. Então, uma infinidade de palavras que devia ter proferido e erros que não devia ter cometido, finalmente, se apresentaram à sua frágil alma, anestesiada pela dor.
“Tarde demais?” – pensou. “É uma parte clara do Homem, esta aprendizagem de natureza tão tardia a que nos sujeitamos.” – analisou porém.
Meses se passaram, e a cova onde tinha decidido enterrar seu amor parecia nunca encher de terra. Como se o humilde coveiro, para além de lento, tivesse o método de, não só encher o infame buraco, como de também retirar um pouco do seu conteúdo quando o processo lhe parecia com boas hipóteses de finalmente se completar, não deixando assim o defunto descansar em paz.
No entanto, quando já não pensava em não pensar no velho assunto, teve sucesso a natureza onde antes falhara o dito coveiro, e, no solo onde antes se notava um mórbido desnivelamento de terras, nada mais se identificava agora do que uma vasta planície verde, pronta a receber o mais florar dos mantos. Mas as nuvens ainda se faziam temer.
E foi aí que viu, o pobre traste, seu reflexo em outros olhos. Viu em tal reflexo seu, um sorriso que já não via em muito em seus lábios. Nunca se tinha visto tão nitidamente antes, nenhum espelho até então o tinha mostrado tão fielmente. Neste reflexo realmente se via. E gostava.
Foram esses verdes olhos que deixaram o sol raiar de novo entre as nuvens, sobre a bela planície, à pouco dominada por uma sombra enorme e cinzenta.
(...)
Como bateria seu coração sem esse outro ditando-lhe o ritmo?
Foi então que um frio e insaciante abraço selou uma carta que lhe parecia inacabada.
Longas e martirizantes foram as horas que se sucederam. Questionou o porquê dos “porquês”. Viu-se afogar em tanta dúvida.
Pobre homem já facilmente se confundia com a melancólica paisagem de um esquecido cemitério. Então, uma infinidade de palavras que devia ter proferido e erros que não devia ter cometido, finalmente, se apresentaram à sua frágil alma, anestesiada pela dor.
“Tarde demais?” – pensou. “É uma parte clara do Homem, esta aprendizagem de natureza tão tardia a que nos sujeitamos.” – analisou porém.
Meses se passaram, e a cova onde tinha decidido enterrar seu amor parecia nunca encher de terra. Como se o humilde coveiro, para além de lento, tivesse o método de, não só encher o infame buraco, como de também retirar um pouco do seu conteúdo quando o processo lhe parecia com boas hipóteses de finalmente se completar, não deixando assim o defunto descansar em paz.
No entanto, quando já não pensava em não pensar no velho assunto, teve sucesso a natureza onde antes falhara o dito coveiro, e, no solo onde antes se notava um mórbido desnivelamento de terras, nada mais se identificava agora do que uma vasta planície verde, pronta a receber o mais florar dos mantos. Mas as nuvens ainda se faziam temer.
E foi aí que viu, o pobre traste, seu reflexo em outros olhos. Viu em tal reflexo seu, um sorriso que já não via em muito em seus lábios. Nunca se tinha visto tão nitidamente antes, nenhum espelho até então o tinha mostrado tão fielmente. Neste reflexo realmente se via. E gostava.
Foram esses verdes olhos que deixaram o sol raiar de novo entre as nuvens, sobre a bela planície, à pouco dominada por uma sombra enorme e cinzenta.
(...)
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O Peixinho.
Há corações ingratos. Tal como as terras mais inferteis, que não se deixam enraizar de belas flores, mas que sempre cedem a uma ou outra erva daninha que por la assenta.
Talvez seja pouco lucrativo, investir meu tempo a tentar perceber esses Corações. Talvez.
Mas talvez ao percebe-los, percebamos o que lhes faz falta. Tal como as terras inferteis percisam de nutrientes, e adubos, talvez estes Corações percisem de algo que lhes retome as propriedades.
Como podem ser tão frios?
Somos apenas um peixinho de aquário para esses Corações, e nada mais. Sem termos escolha fecham-nos dentro deles, vão-nos alimentando, brincando connosco, e um dia deixam-nos morrer. E sem a minima dor nos arrancam desse pequeno mundo (porém, suficiente) onde nossas raizes incrivelmente nao cresceram.
Porque teimo em culpar o "peixinho" e não quem o aprisionou?
P.S.: A propósito, após varios anos (quantidade que a minha familia faz questão de discutir frequentemente) morreu o meu peixinho (literalmente). :/
Talvez seja pouco lucrativo, investir meu tempo a tentar perceber esses Corações. Talvez.
Mas talvez ao percebe-los, percebamos o que lhes faz falta. Tal como as terras inferteis percisam de nutrientes, e adubos, talvez estes Corações percisem de algo que lhes retome as propriedades.
Como podem ser tão frios?
Somos apenas um peixinho de aquário para esses Corações, e nada mais. Sem termos escolha fecham-nos dentro deles, vão-nos alimentando, brincando connosco, e um dia deixam-nos morrer. E sem a minima dor nos arrancam desse pequeno mundo (porém, suficiente) onde nossas raizes incrivelmente nao cresceram.
Porque teimo em culpar o "peixinho" e não quem o aprisionou?
P.S.: A propósito, após varios anos (quantidade que a minha familia faz questão de discutir frequentemente) morreu o meu peixinho (literalmente). :/
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Sem Nome #2
Que Amor é esse, meu bem?
Que não me dá reste de paz.
E em que confusões me traz.
Porém, fica, e não me desdém!?
Que, de mais, me trazes,
Senão a dor que nao pedi?
Tão bem já disse eu de ti,
E tal é o mal que tu me fazes!
Em tuas garras fui cair,
Não querendo consentir,
Que fossem tão vorazes!
Mas nem tudo eu trocaria,
Também me cabe admitir.
Se o contrário hei-de proferir,
Matem-me, pois mentiria.
Matem-me! A meu pedido.
Que mais razões poderão ter?
Eu, não as terei mais para viver,
Sem meu amor, tão mal agradecido!
Que faria eu sem te amar?
Sem em teus braços acordar,
Depois de uma noite perdido!?
Que não me dá reste de paz.
E em que confusões me traz.
Porém, fica, e não me desdém!?
Que, de mais, me trazes,
Senão a dor que nao pedi?
Tão bem já disse eu de ti,
E tal é o mal que tu me fazes!
Em tuas garras fui cair,
Não querendo consentir,
Que fossem tão vorazes!
Mas nem tudo eu trocaria,
Também me cabe admitir.
Se o contrário hei-de proferir,
Matem-me, pois mentiria.
Matem-me! A meu pedido.
Que mais razões poderão ter?
Eu, não as terei mais para viver,
Sem meu amor, tão mal agradecido!
Que faria eu sem te amar?
Sem em teus braços acordar,
Depois de uma noite perdido!?
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
O Fim da Esperança.
"A Esperança é a ultima a morrer", dizem os que sabem. E, após uma pequena analise, temo não poder o desmentir, como era minha intenção inicial.
Comparo agora a vida a uma especie de "Battle Royal" ao estilo romano. Dezenas de concorrentes pisam o ringue e ouvem soar, possivelmente, o ultimo sino que alguma ouvirão (já que não estarão cá para ouvir o que atrai os seus parentes à ultima despedida).
Longos momentos depois, do manto de sangue e ruinas, se ergue a face vencedora, onde já escassa o brilho e a vida. Certamente pouco mais viverá para tomar os frutos do seu esforço.
Vêm? Toda a nossa vida, enquanto nos regalamos com o que de bom se nos apresenta, uma batalha selvagem é travada dentro de nós.
Troque-se, para mera ilustração, os combatentes humanos por simples sentimentos e crenças emocionais, e aí temos a nossa "Battle Royal".
A Esperança tem sempre uma vantagem abismal, talvez por dizerem ser "imortal"; O Amor, seu eterno rival, muitos acreditam também que nem a morte lhe traz um fim; Também a Felicidade, o mais frágil de todos pois qualquer um deles a influencia; enfim, tantos outros que acabam massacrados perante a nossa Esperança.
Qualquer pormenor pode provocar a morte da Felicidade, mas ela renasce, como a Fénix, se as condições não lhe forem adversas. O Amor é efémero, hoje parece-nos ser para sempre e amanhã reparamos que nunca lá esteve. Quando falamos de Esperança, talvez até nosso coração palpite mais forte por achar que a Felicidade nos espera ao virar da esquina, no entanto, não passa de Amor que aproveita todas as hipoteses possiveis para se estabelecer.
Mas acho que chega de ver a Esperança como o herói, e de aplaudir todas suas vitórias. O que nos traz ela senão ideias erradas de que o futuro nos guarda o Amor e a Felicidade. Ambos que teimam em não aparecer.
Quando nos parece tocar-lhes o chão por baixo dos nossos pés cede, e vemos novamente tudo que queriamos fugir, lentamente, sem podermos fazer mais senão continuar a cair.
Basta, porém, perdermos isso que quisemos de vista para começar a proxima "ronda". E tudo recomeça, temos a Esperança na Felicidade, quase que tocamos o Amor, e caímos mais uma vez para notar que o ciclo se repete.
Se não fosse esta Esperança, este Amor não iria morrer novamente, e a Felicidade ganharia esta luta. Mas a Esperança teima em nos alimentar, chacinando todos os nosso sentimentos mais belos. "A Esperança é a ultima a morrer", mas como sem esses sentimentos não vivemos, e como ela não "vive" sem nós...
...FIM.
Comparo agora a vida a uma especie de "Battle Royal" ao estilo romano. Dezenas de concorrentes pisam o ringue e ouvem soar, possivelmente, o ultimo sino que alguma ouvirão (já que não estarão cá para ouvir o que atrai os seus parentes à ultima despedida).
Longos momentos depois, do manto de sangue e ruinas, se ergue a face vencedora, onde já escassa o brilho e a vida. Certamente pouco mais viverá para tomar os frutos do seu esforço.
Vêm? Toda a nossa vida, enquanto nos regalamos com o que de bom se nos apresenta, uma batalha selvagem é travada dentro de nós.
Troque-se, para mera ilustração, os combatentes humanos por simples sentimentos e crenças emocionais, e aí temos a nossa "Battle Royal".
A Esperança tem sempre uma vantagem abismal, talvez por dizerem ser "imortal"; O Amor, seu eterno rival, muitos acreditam também que nem a morte lhe traz um fim; Também a Felicidade, o mais frágil de todos pois qualquer um deles a influencia; enfim, tantos outros que acabam massacrados perante a nossa Esperança.
Qualquer pormenor pode provocar a morte da Felicidade, mas ela renasce, como a Fénix, se as condições não lhe forem adversas. O Amor é efémero, hoje parece-nos ser para sempre e amanhã reparamos que nunca lá esteve. Quando falamos de Esperança, talvez até nosso coração palpite mais forte por achar que a Felicidade nos espera ao virar da esquina, no entanto, não passa de Amor que aproveita todas as hipoteses possiveis para se estabelecer.
Mas acho que chega de ver a Esperança como o herói, e de aplaudir todas suas vitórias. O que nos traz ela senão ideias erradas de que o futuro nos guarda o Amor e a Felicidade. Ambos que teimam em não aparecer.
Quando nos parece tocar-lhes o chão por baixo dos nossos pés cede, e vemos novamente tudo que queriamos fugir, lentamente, sem podermos fazer mais senão continuar a cair.
Basta, porém, perdermos isso que quisemos de vista para começar a proxima "ronda". E tudo recomeça, temos a Esperança na Felicidade, quase que tocamos o Amor, e caímos mais uma vez para notar que o ciclo se repete.
Se não fosse esta Esperança, este Amor não iria morrer novamente, e a Felicidade ganharia esta luta. Mas a Esperança teima em nos alimentar, chacinando todos os nosso sentimentos mais belos. "A Esperança é a ultima a morrer", mas como sem esses sentimentos não vivemos, e como ela não "vive" sem nós...
...FIM.
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