segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Old Days


    Being there, in that place he knew so well, so well that he had never even realized he missed it until right then, he remembered those times, so long ago, when love was so much easier.
    When with a simple sharp object he could rest his heart knowing that the whole world could eventually read, there, her name in sleazy lines, carved in trees and desks and anywhere he would've seen fit. Honestly, any place where he spent more than a couple of minutes would spark in him a need to do such engravings. He admited to himself that they happened with generous frequence.
    It was hard to point out what had changed so much since then. It did not seem so long ago.
    In fact, nothing else but that seemed to change, at least in his, still primitive and uncomplicated eyes.
But something did cleary change and he could not single out anything in particular.
    No longer did those acts of pure inocence and selflessness had an impact beyond ordinary repulsion.
Not even that many actually managed to stay imune, and resist the consequences of growing older. Most of these, the ones that still thrive, are usually of poor taste and copious creativity.
   
    Grown up love was definitely not an idea he held dear. To him, just the mere sensation of presence from the one he trully adored could turn his most common day into pure heaven.
    And he did not even believe in such religious ornament. Being this heaven so much better than earth, how could he really take this idea as even plausible.
    How could any Paradise be any better than that in which he lives everyday?

domingo, 10 de junho de 2012

Oil for the Machine!


You shove your money into the machine, and, there you go. Out of it pops whatever you wished for, if you can afford it, of course.
We’ve come so far in our own evolution as a species that we no longer look back at our past. We don’t even try to think back to whence our up rise became a fatal plunge into the dark depths of a strange abyss. And the fall has started long ago, which, judging by the circumstances makes for a pretty big abyss that we’ve got ourselves into.
What happened to our own humanity in all this? And if it is still around, where is it in these pieces of paper that we juggle around like if they were the true meaning of our lives?
Is the tree were it comes from worth less than our desire to measure everything we have?
It always seems to come down to “how much”, nowadays.
That truly seems to be the question in everyone’s tongue.
“How much for this?”
“How much do you have?”
Thinking about it, I guess the thing that we really know how to do is estimating values. We know exactly the “fair” price of everything. Even if we don’t really need it.

But the paper keeps feeding the machine. It keeps going in, and things coming out. Here we all are, playing someone else’s game. A game in which we apparently only have to keep looking happy, for the Big Brother somewhere. Keep smiling, and nodding. And strictly saying ‘Yes’ to some very short amount of questions, and a big ‘NO’ to most of all the others.
Got to keep playing that game. Maybe you’ll win. Something.

And here I am…and I can’t help but think what would all this be like if we’d never started playing in the first place. I don’t even like this game, do you?

But the machine is hungry again. Got to keep playing, then.


To: Dora Amor (thank you) 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Conversas com outro alguém.


      É dificil perceber o que nos leva a ser o que nos tornamos. O porquê das decisões e caminhos que tomamos, dos risos e das lagrimas que deixamos transparecer, como se houvesse sempre algures uma plateia atenta a pontuar a convicção com que caracterizamos a personagem que julgamos ser. E actuamos de tal forma que acabamos por apagar das nossas breves memórias o facto de que tudo isto não passa de uma encenação, e , de leve, nos bate sempre a porta o dia em que nas paginas envelhecidas do nosso guião já as nossas falas se esbatem com o branco do papel. E aí... aí já pouco há a fazer. Aí sentimos o vazio da nossa existência e ao olhar ao espelho pouco conseguimos identificar senão as marcas e cicatrizes de outro alguem a esboçarem-se na nossa pele.
      E agora o caminho que deixamos às nossas costas já nos é estranho e mal iluminado. Os planos e sonhos que tinhamos minuciosamente calculado para o futuro já não parecem tão correctos, novas variaveis e erros se multiplicam à equação e algebra nunca foi realmente o nosso forte.
      A escuridão que até então ia, ligeiramente, acompanhando o nosso progresso, ocultando uma a uma as nossas pegadas no passado ameaça agora abater-se também sobre o presente... e, em breve, o futuro se vai fundir com tudo o resto.
      Outrora houve alguém que, como um técnico de luzes controlando a iluminação dum palco numa noite de estreia, fez sentir a sua presença, mantendo sempre os nossos passos e dialogos bem iluminados.
      Outrora, sim. Hoje, estamos  sozinhos e a plateia esconde-se no silêncio guardando os seus aplausos para o final da peça.
      É dificil perceber o que nos leva a ser o que nos tornamos. Uma palavra mal dita? Um passo fora do foco?
      
      Dificil é ver a cortina fechar com tanto ainda por dizer.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pedaços.

    Lembro-me de uma noite.
    Lembro-me. Como poderia alguem esquecer?
    Entras numa carruagem, seguindo o mesmo destino que todas as pessoas que preênchem os lugares que poderias ambicionar tu prórpio preencher seguem. Assim não há confusões, sais onde a torrente de pessoas te obrigar a sair.
    Mas ainda a noite se acostuma as paisagens, ainda sentes a euforia do nascer das horas que te esperam. E segues de pé.
    Agarra aqui. Segura alí.
    Sem problemas.
    A carruagem pára, ninguém sai. E muitas novas caras se juntam a ti, de pé. E a carruagem enche. Enche ao ponto em que o máximo de movimento é o que é imposto pelas curvas e contra curvas que o caminho impõe.
    Já não agarras aqui. Nem seguras alí.
    A carruagem pára mais uma vez, segues os que se levantam e os que te arrastam porta fora, com o brilho do seu destino gravado nos olhos.
    Caminhas. Segues as pegadas dos experiêntes.
    Eles sabem para onde vais. E guiam-te.

    Segues. Caminhas e já sentes o cheiro do que te espera. Longe ainda. Já sentes alastrar pelo chão as vibrações dos saltos e passadas fortes dos que já atingiram o teu destino.
    Na aproximação, enquanto procuras um papel que te dá acesso ao destino, ponderas as tuas expectativas.                            Sabes bem que mesmo aqueles que lá esperam por ti, vais ter dificuldade em encontrar. Basta tomarem a decisão de te procurarem para que, procurando-os tu tambem, nunca os encontres.
    Estás numa fila, onde todos estão. Fim da linha.
    Ao fundo, alguém te revista. Não sabes bem o que procuravam, porque não encontraram o que tinhas escondido debaixo do cinto. Secalhar não era isso que procuravam. Secalhar não precisavas ter escondido.
    Sem problemas.
    Na fase seguinte na linha de avalição que te garante entrada no teu destino, rasgam-te o papelinho. O mesmo papel que te fez esperar horas numa fila para o comprar.
    Depois desta secção a liberdade de explorar é toda tua. Tudo o que do outro lado parecia restrito, isolado por grades altas e muros, agora é teu.
    Entre os buraquinhos da rede vez agora os fragmentos do teu passado. Zombies que se dirijem todos ao mesmo cerebro vivo e gelatinoso.
    Vagueias então, com os objectivos intactos. O chão já se agarra aos teus sapatos. Sinal de que já muitos se divertiram demasiado. E a pouco e pouco os rostos conhecidos lá se vão revelando. Um a um aparecem de todos os lado. Dos lados para onde já olhas-te e que tinhas a certeza que lá não estavam.
    Mas de alguma forma, estes já não são os rostos que mais desejavas. Há algo que te escapou.
    Algo te falta.
    Voltas a vaguear. Empurrão daqui. Cumprimento dalí. Mas agora procuras esse algo diferente. Algo especial. O teu destino está por alí. Algures ele te espera, sem saber.
    Até que, enfim, um sorriso. Um olá. Uma voz conhecida, mas esta, esta é diferente. Esta, pouco a ouviste mas sempre a quiseste perto do coração. E ela emerge, da paisagem cinzenta e desconhecida.
    Um choque de realização atinge-te mesmo no peito. E, fugaz, o teu momento mais esperado da noite passa por ti. E vai-se com um simples Olá.


    Vais-te hidratando com conteúdos de copinhos festivos e coloridos até que a luz, agora, não emana apenas dos néons e dos pontos artificiais. Já o sol ameaça uma apaiçao, e começa a preparar-se para tomar o seu espaço no céu. E tu não esqueces aquele sorriso.
    Segues, de volta, a manada. E agora, apenas levas o papelinho rasgado e o coração em sobressalto. De volta à antiga carruagem.
    Mas desta vez, sentas-te e descansas. Descansas as pernas, porque o sonho te acompanha toda a viagem.
    Sais numa das paragens. Agora o destino é outro. Um bastante teu conhecido.
    Sais de uma carruagem e sabes que outra ainda te espera, pois agora o caminho é mais longo.
    Àquela hora, sozinho, o tempo passa devagar e aborrece. Mas, ao longe, um sorriso. O sorriso espera por ti do outro lado da rua e reflecte-se assim em ti.
    Timido, sentas-te e esperas. Esperas algo. De repente já não esperas a velha carruagem. Esperas uma palavra, que não tarda e se apresenta.
    Há conversas inúteis. Que te passam indiferentes, e que nunca mais vais lembrar que um dias as tiveste.   Mas esta não.
    E não é pelo seu conteúdo, esse pouco te afligiu na altura. Nesse momento a palavra deixou de ter significado. Era agora algo diferente.
    Sem ela, não sabes bem o que teria sido de ti.
    Enquanto observas o exterior da carruagem, sem levantar porém os olhos do sorriso que te fazia sorrir, apercebes-te de que o momento, novamente, está condenado. E que como o outro que o precedeu vai ter um fim. Um fim que já espreita. E depois?
    Que vais fazer depois?
    O destino é imparcial e os caminhos são dificeis.
    Mas há sempre um sorriso. Um sorriso que te guia.
    E assim, já não te interessa para onde todos vão. O teu horizonte será sempre teu, e nele esse sorriso sempre te vais esperar.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A Palavra e a Política.

     Negros são os tempos em que vivemos. Tempos que as vezes me forçam a olhar com melhor ânimo o passado do que propriamente o futuro que deve ser encarado.
     E que passado temos, certamente mais do que digno de ser olhado. História e tradição que nos foi passada de geração em geração, entre crises e miséria, fomes e sacrifícios tremendos. Cabe-nos agora, jovens, como recipientes do futuro, passar as próximas gerações um passado de que se orgulhem, e que lhes fervilhe o sangue azul que neles ainda corre.
     Para isso temos de encarar as nossas responsabilidades, e não recorrer a desculpas "esfarrapadas" para fugir-mos aos nossos deveres. Não podemos esperar que nos sejam prometidos direitos, sem antes cumprir-mos esses deveres básicos.

     No momento em que vos escrevo, como todos vós, não sei o que o futuro me guarda. Todos os dias somos bombardeados com discursos embelezados, ditados por oradores fenomenais que nos ocultam assim , categoricamente, as suas verdadeiras crenças políticas, e, acima de tudo, sociais.
Porém, assim nos iludem com números e sondagens manipuladas de modo a que, mesmo não dizendo mentiras, despertem nos que as ouvem, para além de confusão, a ideia de que realmente são positivas.
É isto a que a política chegou. Marketing. E, assim, numa eleição, ja não se vota no partido com melhor ideias e medidas, mas sim no que melhor as expôs.

     Mas temos de analisar, e perceber que todas as canetinhas e papelinhos que nos são gentilmente oferecidos pelos lideres políticos em tempos de campanha não são mais do que isso mesmo, Marketing. Daí não verem impressas nesses papelinhos as medidas que vão ser tomadas aquando da tomada de posse. Simplesmente não interessam. É-lhes mais lucrativo apresentar uma "foto de familia", com 4 ou 5 indivíduos engravatados pelo simples facto de assim despertarem maior confiança em quem observa.

     Enfim, cabe-nos crescer socialmente. Cabe a cada um de nós analisar, pesquisar, investigar, e tomar uma decisão que nos pareça a mais correcta para um futuro que é nosso.


     Esta é uma opinião apartidária, na esperança de despertar em vós um sentimento Patriótico e de responsabilidade civil.

     A revolução dos nossos dias não requer cravos, nem chaimites, nem tiros de metralhadora. Vivemos na era da informação, da comunicação e da palavra. E a Palavra, essa é a nossa arma.

Vota;
Sérgio Pinto.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Deixo-vos com uma parte do meu livro preferido. 
Vou fazer o possível para não voltar a esquecer que tenho um Blog.



"De quanto se escreve, só amo alguém que escreve com o seu sangue. Escreve com sangue , e descobrirás que o sangue é espírito.
Não é nada fácil compreender o sangue alheio; eu detesto todos os que lêm como ociosos.
Quando se conhece o leitor, já nada se faz pelo leitor. Mais um século de leitores, e o próprio espírito será um fedor.
Que toda a gente tenha o direito de aprender a ler, eis o que com a continuação vos aborrece não somente de escrever mas de pensar.
Outrora o espírito era Deus, depois fez-se homem, agora transforma-se na populaça.
O que escreve com o seu sangue e em máximas, não quer ser lido, mas decorado.
Nas montanhas, o caminho mais curto vai de cimo a cimo; mas para isso é preciso ter pernas altas. As máximas devem ser cumieiras, e aqueles a quem as destinas devem ser esbeltos e altos.
O ar leve e puro, o perigo próximo e o espírito pleno de alegre malícia, tudo isto se harmoniza maravilhosamente.
Gosto de me ver rodeado por duendes maliciosos, porque sou corajoso. A coragem afugenta os fantasmas, mas cria os seus próprios duendes. A coragem gosta de rir.
Sinto todas as coisas diferentemente de vós; a nuvem que distingo abaixo de mim, escura e carregada, e de que me rio - é para vós uma nuvem tempestuosa.
Vós olhais para cima, porque aspirais a elevar-vos. E eu, como estou no cimo, olho para baixo.
Qual de vós sabe ainda rir?, mesmo depois de ter atingido o cimo?
O que escala os mais elevados montes ri-se das cenas trágicas do palco como da gravidade trágica da vida.
Corajosos, despreocupados, zombeteiros, imperiosos, assim nos quer a sabedoria; é mulher e só pode amar guerreiros.
Vós me dizeis: "A vida é um fardo pesado." Mas para que vos servem o vosso orgulho matinal e a vossa resignação da tarde?
A vida é um fardo pesado? Não vos mostreis tão contristados! Não passamos todos de uns bons burrinhos e burrinhas de carga.
Que temos de comum com o botão de rosa que verga sob o peso de uma gota de orvalho?
É verdade que se amamos a vida, é por estarmos mais habituados a amar do que a viver.
Há sempre o seu quê de loucura no amor. Mas há sempre o seu quê de razão na loucura.
E quanto a mim, que gosto da vida, parece-me que aqueles que melhor se entendem com a felicidade, são as borboletas e as bolas de sabão, e tudo o que entre os homens se lhes assemelhe.
Ver revolutear essas alminhas aladas e loucas, graciosas e movediças, é o que arranca a Zaratustra vontade de chorar e de cantar.
Eu só podia acreditar num Deus que soubesse dançar.
E quando vi o meu Diabo, achei-o grave, meticuloso, profundo, solene; era o espírito de Gravidade. É ele que faz cair todas as coisas.
Não é a cólera, é o riso que mata. Adiante! matemos o espírito de Gravidade!
Eu aprendi a andar: desde então deixei de esperar que me empurrassem para mudar de sítio.
Vede como me sinto leve; vede, estou a voar; vede, agora vejo-me do alto, como um pássaro; vede, um Deus dança em mim.
Assim Falava Zaratustra"



Assim Falava Zaratustra Friedrich Nietzche

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vicios

Amo por necessidade, por vicio!
Torturo o meu coração para poder manter sã a minha alma.
Preciso da inspiração que ele (Amor) me traz.
Pensei que realmente a minha única opção para me sentir melhor fosse não permitir que me apaixonasse de novo; impedindo assim a eminente dor que me traria o momento em que visse mais uma paixoneta fugir-me entre os dedos como areia.

Todos temos jeito para uma coisa em especial.
E uma coisa vos digo, o meu dom não passa certamente pelo Amor. E como gostaria de poder dizer que não preciso de Amor nenhum. Acreditem que o gostaria de poder dizer.
E tecnicamente posso, embora não seja verdade.

Mas preciso desesperadamente de um Amor "novo".
É terrível não ter algo belo e puro em que pensar antes de adormecer. Algo para me adocicar o sonho.
É triste estar sentado num banco de jardim e perceber que não esperamos ninguém.

Mas o mais triste e ridículo de tudo, porém, é pegar numa caneta para escrever algo que interessa-se a quem vai ler, e acabar a "falar" sozinho.

Mas, louco já eu sabia que era...